Reedição de "Vivo numa cidade que não é minha"
"Vivo numa cidade que não é minha. À procura de um futuro que chamo de meu. E do qual não faço a mínima em que conste. Todos os dias a mesma rotina, as mesmas caras que me sorriem falsamente e os mesmos objetivos. Sempre ouvi que a vida é dos fortes, que dos fracos não reza a história. E sempre fui educada para fazer parte dos que venceram."
Vivo numa cidade que não é minha e quase todos os dias me pergunto se é aqui que pertenço.
Vivo numa cidade que não é minha mas que viu quase todos os meus amores.
Vivo numa cidade que não é minha mas que me viu chorar muitas vezes, assim como também me viu rir outras tantas. Vivo numa cidade que não é minha e que me viu abraçar, cantar e dançar. Viu-me sair à noite, fazer loucuras e rir intensamente. Viu os meus amores e desamores. Viu o meu coração partido de todas as vezes que mo partiram e viu todas as lágrimas que chorei por todas elas.
Vivo numa cidade que não é minha e que de certo modo me acolheu, no entanto nunca senti que realmente lhe pertencia. Vico numa cidade que não é minha e que apesar de nela ter vivido uma vida,
Sairia de livre e bom grado,
Com uma certa nostalgia,
Mas com um sorriso de lado a lado.
Não querendo isso dizer,
Que não fosse com o coração apertado
Visto que ela me viu crescer
E me deu o sentido apurado.
Minha doce cidade,
Que na verdade nunca foi minha
Tanto me aprontaste
Que eu deixei de ser menina.
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