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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2014

Choros de desespero

Já tive o homem perfeito. Já tive aquele que me amava sob qualquer circunstância. Já tive aquele que era feliz com a minha felicidade. Aquele que só de olhar para mim sorria e eu já só por aí conseguia ver que ele me amava. Aquele que sabia todos os meus defeitos, que sempre foram mais que as qualidades, e podia enumerá-los de cor e salteado. Aquele que, mesmo eu sendo injusta como tantas vezes fui, continuava lá para mim. Aquele que fosse a que horas fosse me respondia às mensagens e chamadas. Aquele que independentemente do assunto e do problema existente, estava sempre disponível para me ajudar. Não era só o mero namorado que hoje em dia a nossa sociedade insiste em pintar. Havia mesmo amizade, carinho e amor acima de tudo. Mas e quando tudo isso começa a falhar? Como é que é quando simplesmente a troca de argumentos é substituída pelos gritos de uma discussão? Quando os sorrisos e as rosas são substituídos pelos choros de desespero? Quando o carinho e a confiança dão lugar a ...

Odeio iogurtes.

Odeio iogurtes. Odeio. Dão-me a volta à barriga, enjoam-me, sabem mal, alguns deles até cheiram mal. Mas dou por mim a comer iogurtes como um macaco come bananas. Acho incrível a capacidade que o ser humano tem de suportar coisas de que não gosta, que lhe fazem mal e por aí além. Se bem que o iogurte não é mau no sentido em que entre ter um bolo com cobertura de chantilly e um iogurte, óbvio que é mil vezes mais saudável comer a porra do iogurte. E cá em casa é assim. A titi faz questão de ter mil e uma espécies de bolos, doces, bolachas e afins, e eu que faço questão de tentar ser aceitavelmente elegante, tento fugir a essas injecções de calorias. Sim, porque toda a gente sabe que eu estou sempre a comer. Tenho sempre comida comigo, mas dessa comida que tenho tento ser o mais saudável possível nas escolhas que mantenho na minha mala. Voltando ao tópico inicial dos iogurtes: odeio mas como. E agora é que vem a questão fundamental… como é que nós, seres humanos, pessoas, com sent...

Sinceramente?

Sinceramente? Começo a sentir saudade dos tempos em que adormecia sem pensar em nada. Dos tempos em que apenas pensava nos meus dias, como quem fazia uma revisão dos últimos acontecimentos. Dos tempos em que não sentia constantemente aquele aperto que me impede de respirar livremente. Dos tempos em que podia fechar os olhos sem que tu me viesses à mente. Tempos esses em que não tinha medo de que ao fechar os olhos me escorressem quaisquer lágrimas. Mas esses tempos não voltam. Quanto mais vamos vivendo, mais temos para reflectir. Talvez não esteja a ser clara. Vou dizer antes: quanto mais vivemos e por conseguinte experienciamos, e portanto, nos dispomos a sofrer, com mais cicatrizes ficamos. De modo que, quando não queremos pensar em nada, vamos sempre pensar em algo. Simplesmente porque a nossa mente gosta de nos torturar e se mantém activa 24/7. Por isso, quando não arranja nada recente para nos massacrar lá vai ela buscar “coisas” que achávamos que já estavam no baú. E ...