Dizem que o amor é cego. Mentira. O amor vê tudo, vê todas as imperfeições, todos os defeitos e todos os podres. Mas o amor decide aceitá-los. O amor coloca-se a pés juntos com a esperança. Até ao dia em que a esperança acabe. Até ao dia em que os erros sejam demasiados para fechar os olhos ou para perdoar. O amor não é a obsessão, o amor é acreditar que pode resultar até ao dia em que nos coloquemos diante do espelho e cheguemos à conclusão de que não dá mais. Porque o amor também tem disso. O amor por outra pessoa tem limites. E esses limites são alcançados quando o amor por nós mesmos é derrubado. O nosso amor próprio é o que tem de estar acima de tudo. Só assim saberemos quando somos amados na mesma medida, porque merecemos ser amados por igual. Não adianta de nada amar mais alguém do que essa pessoa nos ama. Só nos sufoca. Só nos destrói. Amamos tanto alguém sem ser amados da mesma maneira, que quando batemos no chão nem acreditamos que lá estamos. Quase que nem sabemos como lá ch...