Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de 2017

Vivo numa cidade que não é minha

  Há uns tempos escrevi um texto que começava com: "Vivo numa cidade que não é minha. À procura de um futuro que chamo de meu. E do qual não faço a mínima em que conste. Todos os dias a mesma rotina, as mesmas caras que me sorriem falsamente e os mesmos objetivos. Sempre ouvi que a vida é dos fortes, que dos fracos não reza a história. E sempre fui educada para fazer parte dos que venceram." E o texto continua. Talvez um dia o mostre para quem me lê. Ou talvez não. A verdade é que é a partir do que deixamos escrito e marcado, que vemos a nossa evolução. O nosso crescimento. Enquanto pessoas e nas nossas vidas. A verdade é também que, muito provavelmente, metade de nós não sabe o que anda a fazer. Se calhar, um dia sabemos o que queremos ser e atingir, e no outro já nem sabemos quem somos. Sabemos que temos que estudar para ser alguém, sabemos que trabalhamos porque precisamos de dinheiro para viver e sabemos que estamos com alguém porque até agora não houve melhor hipóte...

Nós

Dizem que o amor é cego. Mentira. O amor vê tudo, vê todas as imperfeições, todos os defeitos e todos os podres. Mas o amor decide aceitá-los. O amor coloca-se a pés juntos com a esperança. Até ao dia em que a esperança acabe. Até ao dia em que os erros sejam demasiados para fechar os olhos ou para perdoar. O amor não é a obsessão, o amor é acreditar que pode resultar até ao dia em que nos coloquemos diante do espelho e cheguemos à conclusão de que não dá mais. Porque o amor também tem disso. O amor por outra pessoa tem limites. E esses limites são alcançados quando o amor por nós mesmos é derrubado. O nosso amor próprio é o que tem de estar acima de tudo. Só assim saberemos quando somos amados na mesma medida, porque merecemos ser amados por igual. Não adianta de nada amar mais alguém do que essa pessoa nos ama. Só nos sufoca. Só nos destrói. Amamos tanto alguém sem ser amados da mesma maneira, que quando batemos no chão nem acreditamos que lá estamos. Quase que nem sabemos como lá ch...

A ti.

Dou por mim a não saber o que quero. Umas vezes a mais segura em mim própria, outras vezes a mais perdida. Houve uma altura que já não sei bem quando em que parecíamos corretos. Depois, do nada, já pensávamos que nunca iria dar certo. E por muito que de certa forma até tenha dado, acabou por não dar. Acabou por levar um bocado grande de ti para bem longe de ti, e mais uma das pequenas porções que de mim sobrava. Seguiste outro caminho, um que por sua vez te pareceu mais iluminado mas que a meu ver, era simplesmente mais fácil. Nunca fui a pessoa mais acessível do mundo, sempre fui complicada em muitos aspetos. Enfim. A nossa história eu nunca a teria apagado de lado nenhum. Nunca teria deixado que lhe rasgassem páginas e durante muito tempo dei por mim à tua procura ou do mais pequeno excerto de ti. Ou assim eu achava que era. Numa rua qualquer  independentemente de lá termos alguma vez dado as mãos ou não, sem me aperceber percorria todas as caras que passavam por mim com os meus ...