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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2015

Agridoce.

Ter-te e não te ter é sinónimo de olhar para ti e vir-me o medo de que dum segundo para o outro mudes aquilo que sentes por mim. Sei que não escolhemos de quem gostamos e como gostamos e sei que é mais um daqueles medos que não são racionais, como tantos outros. Mas o que seria de mim se fosse tão racional? Se o que eu sinto fosse tão racional? Ninguém fez de nós as pessoas certas, nem tão pouco as pessoas certas um para o outro. Ambos sabemos melhor que ninguém que somos errados. Sempre fomos. Errados e do avesso. E ainda ao contrário. Como a mistura do doce e do salgado. Algo a que muitos chamam de agridoce.  Nem agridoce, nem doce, nem salgado. Um nada exclusivamente perfeito e único. E podíamos os dois num dia qualquer querer atingir um só pólo. Querer o doce do açúcar ou o salgado do sal todos para nós, numa medida só e duma maneira acertada. Como numa receita de cozinha. Mas ao contrário do que muita gente diz, o amor não vive de receitas. Eu não escrevi a receita de como...

Não fosse o diabo tecê-las.

E nada era como eu tinha imaginado. Tu não eras um príncipe e eu nem tão pouco era uma princesa. Não partilhávamos o pôr-do-sol nem me oferecias flores. Não íamos ao cinema nem a jantares românticos. E aquilo que para muitos era errado e impossível de resultar para nós fazia todo o sentido. E eu gostava de ver o teu esforço em me arrancar sorrisos a toda a hora, mesmo que para isso não tivesses que te esforçar muito. Era uma coisa genuína. Nós éramos genuínos. Sem pressas e sem empurrões apenas preocupados em trilharmos um caminho só nosso. E sem qualquer destino. E eu posso-te dizer como eu adorava isso. De tão incerto que era tornava-se certo. E eu não queria saber do que os outros diziam desde que te tivesse a meu lado. E tinha. E a vida assim tornou-se normal. Mesmo sem horas marcadas, sem dias marcados, sem rotinas traçadas. Sabendo que te via hoje mas podia não ver mais durante 2 semanas. Mas sabendo que daqui a duas semanas a tua alma pertencia-me na mesma. E sem saber como n...

Vi-te por aí, anjo.

Vi-te tantas vezes por aí… Sempre dona do teu nariz, sempre confiante no teu andar. Agora sim reparo nos olhares de desejo com que muitos homens te olham.  Para mim nunca fez sentido querer estar com alguém permanentemente nem deixar-me levar por qualquer tipo de sentimento que englobasse mais do que uma simples conexão de amizade, se tanto. Mas agora eu percebo que qualquer coisa mudou. Percebo que os olhares dos homens que te desejam me incomodam e que a insignificância que me dás me mata.  Fazes-me sentir fraco e absurdo.  Fazes-me procurar-te em cada quarto que visito, em cada aroma que sinto.  Como se cada quarto que eu visitasse fosse o correcto. Como se cada quarto tivesse o aroma e o ambiente ideais. Como se cada uma daquelas mulheres tivesse o ideal para serem minhas.  E tão depressa as quero a todas como não quero nenhuma.  Fazes com que te procure em todas elas. Mas por muito que eu negue há qualquer coisa qu...