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Mensagens

A mostrar mensagens de 2015

Demasiado tarde.

Eu reparei quando o teu sorriso mudou. Quando a tua vontade diminuiu. Percebi que a tua paciência era menor e que a tua ambição por nós tinha desaparecido. "É impressão tua, está tudo bem", dizias - me. Como se me conseguisses mentir esperando que eu acreditasse. Sabendo - te eu melhor que qualquer pessoa até à data. Ou assim o julgava. Fizeste - me derreter barreiras e muros para me dares um soco no estômago. Fizeste - me acreditar em finais felizes e nas promessas de um amo r verdadeiro. E eu apenas te pergunto do que te serviu. Lembro-me da primeira vez que te quis gritar que te amo porque já não mais me cabia no peito. Lembro -me da primeira vez que me sussurraste ao ouvido que me amavas. E como não acreditar que os opostos se atraem. Lembro-me do dia em que colocaste a tua mão no meu queixo, levantaste a minha cabeça, olhaste -me nos olhos e me disseste que era a tua vida. Nunca conjuguei tão bem um verbo. E Deus, como eu esperava que sucedêssemos. No meio da hipocr...

Para o bem e para o mal.

Pouco ou nada me deitei no teu colo mas contrariamente a isso ouvi todas as tuas canções. Fazias questão de manter sempre a mesma ordem e o mesmo tom de voz. Todos os dias o mesmo. Todos os dias igual. E para mim era bom saber que nem que fosse só ali tu estavas lá. Nunca te tive por inteiro e sempre me acomodei com isso. Sempre me mentalizei com o facto de não me fazeres falta. Mas fizeste sem sabermos. Cair e esfolar os joelhos a todos nos acontece pelo menos uma vez. Mas é muito mais fácil quando temos quem nos dê nas orelhas e nos ponha betadine nas feridas. Eu nunca tive isso. Não me magoa não ter tido porque fez com que fosse eu própria a cuidar das minhas feridas. Sem ter que ouvir ninguém nem ter que ouvir o sermão de usar algodão em vez de papel para o betadine. Um pouco de saliva e já ia. Aprendi a ser assim. E em tudo fui sendo assim. Eu por mim, sem esperar auxílio. Uma cabeça erguida a tempo inteiro. Sem nunca precisar da típica palmadinha nas costas. Eu nunca te...

Agridoce.

Ter-te e não te ter é sinónimo de olhar para ti e vir-me o medo de que dum segundo para o outro mudes aquilo que sentes por mim. Sei que não escolhemos de quem gostamos e como gostamos e sei que é mais um daqueles medos que não são racionais, como tantos outros. Mas o que seria de mim se fosse tão racional? Se o que eu sinto fosse tão racional? Ninguém fez de nós as pessoas certas, nem tão pouco as pessoas certas um para o outro. Ambos sabemos melhor que ninguém que somos errados. Sempre fomos. Errados e do avesso. E ainda ao contrário. Como a mistura do doce e do salgado. Algo a que muitos chamam de agridoce.  Nem agridoce, nem doce, nem salgado. Um nada exclusivamente perfeito e único. E podíamos os dois num dia qualquer querer atingir um só pólo. Querer o doce do açúcar ou o salgado do sal todos para nós, numa medida só e duma maneira acertada. Como numa receita de cozinha. Mas ao contrário do que muita gente diz, o amor não vive de receitas. Eu não escrevi a receita de como...

Não fosse o diabo tecê-las.

E nada era como eu tinha imaginado. Tu não eras um príncipe e eu nem tão pouco era uma princesa. Não partilhávamos o pôr-do-sol nem me oferecias flores. Não íamos ao cinema nem a jantares românticos. E aquilo que para muitos era errado e impossível de resultar para nós fazia todo o sentido. E eu gostava de ver o teu esforço em me arrancar sorrisos a toda a hora, mesmo que para isso não tivesses que te esforçar muito. Era uma coisa genuína. Nós éramos genuínos. Sem pressas e sem empurrões apenas preocupados em trilharmos um caminho só nosso. E sem qualquer destino. E eu posso-te dizer como eu adorava isso. De tão incerto que era tornava-se certo. E eu não queria saber do que os outros diziam desde que te tivesse a meu lado. E tinha. E a vida assim tornou-se normal. Mesmo sem horas marcadas, sem dias marcados, sem rotinas traçadas. Sabendo que te via hoje mas podia não ver mais durante 2 semanas. Mas sabendo que daqui a duas semanas a tua alma pertencia-me na mesma. E sem saber como n...

Vi-te por aí, anjo.

Vi-te tantas vezes por aí… Sempre dona do teu nariz, sempre confiante no teu andar. Agora sim reparo nos olhares de desejo com que muitos homens te olham.  Para mim nunca fez sentido querer estar com alguém permanentemente nem deixar-me levar por qualquer tipo de sentimento que englobasse mais do que uma simples conexão de amizade, se tanto. Mas agora eu percebo que qualquer coisa mudou. Percebo que os olhares dos homens que te desejam me incomodam e que a insignificância que me dás me mata.  Fazes-me sentir fraco e absurdo.  Fazes-me procurar-te em cada quarto que visito, em cada aroma que sinto.  Como se cada quarto que eu visitasse fosse o correcto. Como se cada quarto tivesse o aroma e o ambiente ideais. Como se cada uma daquelas mulheres tivesse o ideal para serem minhas.  E tão depressa as quero a todas como não quero nenhuma.  Fazes com que te procure em todas elas. Mas por muito que eu negue há qualquer coisa qu...

Bom dia, amor

Se me perguntares como foi não te sei dizer. Sei que gosto do sorriso que soltas ao me ver, do beijo na testa que me dás antes do beijo na boca, do carinho com que passas as tuas mãos na minha cara e depois me apertas contra ti. Gosto da forma como gozas comigo tão depressa como falas a sério e do ar que fazes quando finges que estás sério mas depois te ris. Gosto da tua espontaneidade, da tua expressividade, de tu seres tão tu e me deixares ser tão eu. Gosto da tua sinceridade, do facto de te irritares por eu amuar e não falar mas mesmo assim seres a pessoa mais paciente do mundo, gosto da tua calma e da tua maturidade, de quando me confrontas e não descansas enquanto não obtiveres uma resposta. Gosto do teu sentido de humor, da tua boa disposição, da tua boa vontade e do esforço que colocas em nós. Gosto da forma como gostas de me mostrar ao mundo, como quem diz que tem a mulher dos seus sonhos a seu lado. Gosto de ti pelo que és e gosto de ti por conseguires tirar o melhor de mim. G...