Dou por mim a não saber o que quero. Umas vezes a mais segura em mim própria, outras vezes a mais perdida. Houve uma altura que já não sei bem quando em que parecíamos corretos. Depois, do nada, já pensávamos que nunca iria dar certo. E por muito que de certa forma até tenha dado, acabou por não dar. Acabou por levar um bocado grande de ti para bem longe de ti, e mais uma das pequenas porções que de mim sobrava. Seguiste outro caminho, um que por sua vez te pareceu mais iluminado mas que a meu ver, era simplesmente mais fácil. Nunca fui a pessoa mais acessível do mundo, sempre fui complicada em muitos aspetos. Enfim. A nossa história eu nunca a teria apagado de lado nenhum. Nunca teria deixado que lhe rasgassem páginas e durante muito tempo dei por mim à tua procura ou do mais pequeno excerto de ti. Ou assim eu achava que era. Numa rua qualquer independentemente de lá termos alguma vez dado as mãos ou não, sem me aperceber percorria todas as caras que passavam por mim com os meus ...